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Foto: PPGCL
Jornada de Pesquisa do PPGCL: foi dada a
largada!
(24/08/2020) Nesta segunda-feira, 24, o
PPGCL deu início a sua Jornada de Pesquisa.
O mestrando Mário César Coelho Gomes
defendeu seu projeto de dissertação. As
jornadas de Pesquisas do PPGCL consistem da
apresentação de Projetos de Dissertação,
Projetos de Tese e de Ensaios.
O custo lógico na psicanálise
Mário César Coelho Gomes propõem em seu
projeto de dissertação relacionar o ato do
pagamento ao ato analítico como
possibilidade de elaboração teórica sobre o
que se propõe chamar de custo lógico no
inconsciente.
“O projeto discute teoricamente o estatuto
libidinal do dinheiro a partir da elaboração
freudiana, o ato do pagamento como um ato
analítico possível e propõe debater a noção
de custo lógico a partir das dimensões do
limite, do suporte e da perda.”, explica o
mestrando.
Sob orientação do professor Maurício Eugênio
Maliska, metodologicamente a pesquisa
utilizará recortes clínicos das análises de
Sigmund Freud e Jacques Lacan transcritas em
textos de outros psicanalistas ou
analisantes. Assim, poderá ser observado
como estes analistas utilizavam as
intervenções sobre o pagamento das sessões
como recurso que põe em jogo a transferência
e a ética da psicanálise em circulação a
partir do ato analítico.
O professor José Isaias Venera –
UNIVILLE/UNIVALI e a professora Andréia
Daltoé compuseram a banca avaliadora do
projeto apresentado.
Jornada de Pesquisa
As apresentações continuam a acontecer no
mês de agosto e setembro. Confira a
programação completa clicando
aqui.

Foto: PPGCL
Em sua dissertação, estudante propõe
debate sobre documentário As praias de
Agnès
(21/08/2020) Nesta quinta-feira, 20, o PPGCL
formou mais uma mestra. Com orientação da
profa. Ana Carolina Cernicchiaro, Beatriz
Kestering Tramontin obteve nota máxima em
sua dissertação intitulada
“Autorreflexividade, autorretrato e
mosaico-retrato em As praias de Agnès".
O trabalho da estudante propôs debater
estratégias autorreflexivas do documentário
As praias de Agnès (2008) e a construção da
imagem da cineasta Agnès Varda, uma
construção que se dá a partir da relação com
o outro, num gesto que confunde o
autorretrato e o retrato, já que, para falar
de si, Varda fala das pessoas que marcaram a
sua vida e das personagens que marcaram a
sua obra.
“Partimos da hipótese de que a diretora cria
no filme um duplo recurso estratégico e
político: primeiro, através de uma
reflexividade crítica cinematográfica e,
segundo, por meio de um autorretrato,
construindo um mosaico-retrato de si mesma
em que aborda a sua relação com as
personagens e com as pessoas que filma”,
disse Beatriz.
A partir desse movimento duplo, buscou-se
discutir As praias de Agnès como espaço de
uma política cinematográfica.
A banca composta pelas professoras Dra. Ana
Carolina Cernicchiaro – UNISUL
(orientadora); Dra. Consuelo da Luz Lins –
UFRJ (avaliadora) e Dra. Ramayana Lira de
Sousa - UNISUL (avaliadora), aprovou com
distinção a dissertação.

Foto: PPGCL
Pesquisa aborda lei de cotas na mídia
(14/08/2020) O estudante de doutorado
Éderson José de Lima defendeu nesta
sexta-feira, 14, sua tese intitulada “As
verdades sobre a lei de cotas na mídia: uma
questão de poder político e jurídico em uma
sociedade midiatizada”. Sob orientação da
professora Silvânia Siebert, o doutorando
transcorreu sua pesquisa através da teoria
da Análise do Discurso.
Lei de cotas em tempos de uma
sociedade politicamente midiatizada
A tese apresentada por Éderson teve por
objetivo promover uma breve reflexão, à luz
do pensamento epistêmico-filosófico
contemporâneo acerca do sujeito pós-moderno
e sua relação com os discursos de verdade
sobre a lei de cotas em tempos de uma
sociedade politicamente midiatizada.
“Nosso trabalho de pesquisa foi norteado,
por alguns autores: em relação ao sujeito e
sua relação com a verdade nosso suporte será
Foucault e Habermas; no que tange as
questões concernentes ao fazer jornalístico
nos orientamos por Gomes e Charaudeau”,
contou o doutorando.
No que tange as escolhas analíticas a
pesquisa recortou um corpus empírico
jornalístico dos jornais Folha de São Paulo
e Gazeta do Povo, os quais serviram para
análise sobre as polarizações acerca dos
prós e contras no entorno das discussões das
políticas de cotas e a Lei de cotas no
Brasil.
“O recorte também serviu como um mecanismo
que nos propiciasse gestos analíticos e
modos de compreender a produção de verdades
no espaço jornalístico e o modus como o
sujeito se relaciona com esse universo de
produção de verdades cotidianas”, finalizou
Éderson.
A banca composta pelos avaliadores Dra.
Silvânia Siebert – UNISUL (orientadora);
Dr. Roberto Leiser Baronas – UFSCar
(avaliador); Dra. Maria Célia Cortêz
Passetti - UEM (avaliadora); Dra. Maria
Marta Furlanetto - UNISUL (avaliadora) e
Dra. Andréia da Silva Daltoé - UNISUL
(avaliadora) emitiu conceito aprovado para
tese.

Foto: Divulgação
Professora Ramayana fala da importância
da formação crítica social
(13/08/2020) O isolamento social colocou uma
luz sobre questões sérias e importantes: a
desigualdade, as dificuldades e o
preconceito enfrentados pelas minorias da
nossa sociedade. As notícias que surgem a
todo momento sobre situações de injustiça e
violência colocaram em pauta os movimentos
sociais, que, mesmo em tempos de
distanciamento, se fazem presentes e cada
vez mais fortes. Será o início de uma
mudança significativa no comportamento do
ser humano em sociedade?
Racismo, diversidade, igualdade de
gênero: é preciso falar sobre isso
Uma coisa é certa: nós já estamos falando
sobre isso, direta ou indiretamente. As
redes sociais se tornaram espaços de
expressão para quem, antes, não tinha sua
voz ouvida. A televisão, o cinema e a
publicidade parecem caminhar para um mundo
com mais representatividade. Mesmo aqueles
que resistem à discussão desses temas já são
parte disso.
— A mudança de comportamento em relação a
questões sociais precisa ser matizada. Por
um lado, há uma crescente conscientização em
relação a problemas da nossa sociedade, como
o racismo, o sexismo e a desigualdade
econômica. Por outro lado, vemos surgir um
grande backlash, um movimento de reação a
essa participação e conscientização, que,
instigado por grupos conservadores, tenta
naturalizar novamente comportamentos
racistas, machistas, xenófobos e
etnocêntricos. Essa é uma das grandes
questões do nosso presente e já afeta a
educação e o mercado de trabalho de maneira
evidente — afirma a professora e
pesquisadora do curso de Cinema e
Audiovisual e do Programa de Pós-Graduação
em Ciências da Linguagem da Unisul, Ramayana
Lira.
Ela acredita que a formação crítica dos
profissionais é de extrema importância, pois
são eles que oferecerão ao mercado de
trabalho novas formas de organização e
atuação. No ensino do cinema, por exemplo,
já existem iniciativas, projetos de pesquisa
e extensão e coletivos com foco em
diversidades e acessibilidade.
— Não é mais possível pensar na formação de
realizadoras e realizadores sem que questões
como assédio em sets de filmagem, políticas
de casting, acesso e manuseio de
equipamentos sejam enfrentadas por docentes
e discentes. Sem abrir mão da excelência
técnica, a formação de pessoas que vão
construir narrativas, sons e imagens de
grande alcance social não pode ser conduzida
como se a universidade fosse um espaço
separado do mundo que a cerca. As fronteiras
das instituições de ensino superior têm que
ser mais permeáveis e admitir uma troca mais
intensa com a sociedade. As demandas, os
saberes e os modos de vida de grupos que
antes eram, ou hoje ainda são, excluídos dos
contextos formais de educação aos poucos
transformam o que ensinamos e como ensinamos
— explica Ramayana.
Texto: Estúdio NSC

Foto: Divulgação
Dia do documentário brasileiro: cinemas,
povos, Brasis… Por uma estética-política da
pluralidade
(07/08/2020) A Associação Brasileira de
Documentaristas definiu a data de 7 de
agosto como Dia do Documentário Brasileiro
em homenagem ao cineasta Olney São Paulo. A
justeza da homenagem não apaga, no entanto,
a natureza incerta do objeto de comemoração,
afinal, como definir o documentário
brasileiro?
Inúmeros pesquisadores, críticos e
estudiosos do cinema já se debruçaram sobre
a difícil tarefa de definir o cinema
documentário, inclusive o título de um
importante livro de Fernão Ramos sobre o
tema é justamente Mas, afinal, o que é o
documentário? Difícil não apenas pela
multiplicidade de formatos, tipos,
dispositivos e vozes dos documentários, mas
também pela variedade das funções que os
cineastas podem assumir nos filmes – desde
um observador pretensamente objetivo,
desinteressado (como o Cinema Direto
propunha), um ator social que se envolve na
problemática trabalhada (como Vincent
Carelli, por exemplo), um protagonista que
conta sua própria história ou um
acontecimento político a partir de sua
experiência (como Sandra Kogut, Flávia
Castro e Petra Costa) até um montador das
imagens dos outros (como Marcelo Masagão,
Marcelo Pedroso, Cao Guimarães ou Gabriel
Mascaro).
Outra característica dos documentários que
dificulta uma definição fechada do termo é
sua questionável referencialidade em relação
ao que chamamos de realidade. Para muito
além dos mockumentaries, que brincam com a
fronteira documentário-ficção, mesmo o
documentarista que se propõe a trabalhar com
fatos reais não pode ficar indiferente à
interferência da presença da equipe de
produção e da câmera na realidade retratada,
ao quanto sua própria visão de mundo, sua
cultura, sua subjetividade afetam sua
perspectiva sobre os fatos e ao quanto essa
perspectiva determina a maneira como uma
história é contada. Conforme defende
Jean-Louis Comolli, “nada do mundo nos é
acessível sem que os relatos nos transmitam
uma versão local, datada, histórica,
ideológica”.
Os documentários contemporâneos vêm
assumindo seu caráter subjetivo, sem
dissimular seu ato de reescrever o mundo,
mais do que representações dos
acontecimentos, os documentários se tornam
eles mesmos acontecimentos, encontros
éticos, gestos políticos. Isso fica bastante
evidente nos filmes de Eduardo Coutinho, por
exemplo. Desde o premiado Cabra marcado para
morrer (1984), seus filmes são marcados pela
presença da equipe, pelas negociações com os
entrevistados, pelos dispositivos, pela
exibição das imagens feitas aos personagens.
Faz parte de uma postura ética do cineasta
exibir as condições de produção, as
dificuldades de comunicação, a construção da
relação diretor/personagem, a verdade da
filmagem.
É, assim, “sob o risco do real”, diz
Comolli, que os filmes documentários se
abrem ao mundo, mais que isso, “são
atravessados, furados, transportados pelo
mundo”, se ocupando “das fissuras do real,
daquilo que resiste, daquilo que resta, a
escória, o resíduo, o excluído, a parte
maldita”. Isso significa que o documentário
é capaz de escavar singularidades naquilo
que a sociedade pretende classificar,
objetificar, invisibilizar, excluir, é capaz
de focar o resto até que deixe de ser resto,
até que fique aparente, até que sua voz ecoe
e deixe de ser apenas um murmúrio silenciado
sob a história oficial.
Aí estaria a potência ética do documentário,
uma abertura na história brasileira que é,
antes de tudo, uma opção política pelas
vítimas da opressão, do silenciamento, da
exclusão. Ética e política, neste sentido,
são indissociáveis, porquanto a questão do
político é essa que nos vem da alteridade e
que é significada a partir do lugar marginal
do outro. Mas também não se pode
dissociá-las da estética, já que este olhar
do outro, esta rememoração dos restos que
irrompe na imagem, transforma a imagem e a
história, colocando em jogo as formas fixas,
homogêneas e excludentes da cultura.
Neste sentido, cabe pensar o segundo termo
que define o objeto da comemoração:
“brasileiro”. O que fazer com a fixidez
identitária que o adjetivo pátrio dá à
expressão diante da pluralidade de povos que
fazem documentários no Brasil? Penso nos
filmes de Ariel Kuaray Ortega e Patrícia
Ferreira Pará Yxapy (Mbya-Guarani), Divino
Tserewahú Xavante, Takumã Kuikuro, Alberto
Álvares Guarani, Sueli Maxakali, entre
outros cineastas indígenas, penso também na
riquíssima produção documentária negra de
Day Rodrigues, Yasmin Thayná, Camila de
Moraes, Joel Zito Araújo, Edileuza Penha,
Stella Tó Freitas, Rodrigo Ribeiro (aluno
recém-formado pelo curso de Cinema e
Audiovisual da Unisul que está fazendo
sucesso em festivais Brasil afora com o
filme A morte branca do feiticeiro negro
(2019)), para citar apenas alguns.
Há tantos documentários brasileiros quanto
Brasis, ambos (documentários e Brasis),
estão repletos de povos, línguas, concepções
de mundo, ontologias, cosmogonias,
realidades, perspectivas, histórias. Para
conhecermos esses povos, suas línguas, suas
visões de mundo, suas histórias, histórias
outras que as da dominação e do
etnocentrismo, histórias de lutas e
resistência, eis o “documentário
brasileiro”.
Texto: Ana Carolina Cernicchiaro/UnisulHoje
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